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- Debate na RedeTV: Marçal provoca Datena, tem discussão acalorada com Nunes e tenta desestabilizar Boulos
Encontro começou tenso, mas esfriou com o passar dos blocos à medida em que trocas de farpas ficaram repetitivas O primeiro debate após a cadeirada de José Luiz Datena (PSDB) em Pablo Marçal (PRTB), realizado pelo Uol/RedeTV nesta terça-feira, 17, teve clima de tensão nos primeiros blocos, mas esfriou com o avançar das discussões e as acusações ficaram repetitivas. Diferente do último domingo, nenhum candidato deixou seu púlpito e não houve ameaça de agressões físicas. Verbalmente, no entanto, o encontro teve momentos inflamados, quase sempre com o envolvimento de Marçal. O influenciador inaugurou sua participação repetindo que Datena “não é homem”, insulto que fez o apresentador se descontrolar e agredi-lo no debate da TV Cultura , e dizendo que o tucano se comportou como um “orangotango”. “Eu não bato em covarde duas vezes. Covarde apanha uma vez só”, respondeu Datena, acrescentando que não iria cair nas provocações do ex-coach novamente. Ao final do debate, o candidato do PSDB disse que foi incitado por Marçal a repetir a cadeirada. “Mantive a minha posição até pragmática demais, nem eu estava me reconhecendo ali. Fui obrigado a me segurar várias vezes”, declarou. A tensão permaneceu no duelo seguinte, quando Marçal e Ricardo Nunes (MDB) discutiram aos gritos fora dos microfones quando o tempo de fala já tinha se esgotado. Eles ignoraram os alertas da mediadora e acabaram advertidos. O ex-coach tentou provocar Nunes o chamando de “Bananinha” e de “tchutchuca do PCC “[ Primeiro Comando da Capital ]. Também citou boletim de ocorrência por ameaça e violência registrado por sua mulher, Regina Nunes , e disse que ele será preso em uma eventual gestão sua. O prefeito respondeu a Marçal dizendo que ele agride a todos e que ele “saiu da cadeia, mas a cadeia não saiu dele”. O candidato do PRTB também tentou irritar Guilherme Boulos (PSOL), lembrou do episódio da carteira de trabalho e ocasiões em que psolista foi preso, mas Boulos não caiu na provocação. Debate foi realizado no estúdio da RedeTV em Osasco Foto: Taba Benedicto/Estadao Foto: Taba Benedicto/Estadao Nunes e outros candidatos relembraram, por diversas vezes, que Marçal foi condenado a quatro anos e cinco meses de reclusão por furto qualificado , em 2010. O ex-coach figurou como réu em ação que envolvia supostos criminosos que desviaram dinheiro de contas de bancos, como Caixa e Banco do Brasil. A punição do candidato foi declarada prescrita, ou seja, não pode ser aplicada pois o prazo previsto pela lei para que isso ocorresse foi ultrapassado. Marçal diz que não tinha conhecimento dos crimes e que apenas dava manutenção nos computadores utilizados pelo grupo. Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo) também se envolveram em polêmica. A candidata do Novo sugeriu que Tabata estaria sendo beneficiada por viagens particulares de jatinho para visitar o namorado, o prefeito de Recife, João Campos (PSB). A deputada do PSB respondeu que a acusação era um delírio e que iria processar a colega. Ao fim do debate, Tabata disse que não prosseguirá com a ação judicial se houver retratação pública. Em coletiva de imprensa após o debate, Marina Helena não apresentou provas para sustentar a acusação. A candidata do Novo afirmou ter recebido a informação de “diversas fontes”, sem especificar nenhuma delas, e que cabe a Tabata provar que não utilizou o jato. Marçal chama adversário de “Boules”, é repreendido e cola adesivo em alusão à “censura” Em determinado momento, Marçal chamou Boulos de “Boules”, em alusão ao uso da linguagem neutra defendida por setores da esquerda. A mediadora pediu para ele se ferir ao adversário pelo nome. O influenciador, então, colocou um adesivo na boca, sugerindo que estava sendo censurado por não poder utilizar apelidos jocosos. “Marçal, você vive de mentiras, ataca, mente e depois toma uma cadeirada. Não vou cair na sua provocação porque ela tem prazo de validade, só dura três semanas”, disse Boulos, insinuando que o adversário será derrotado no primeiro turno. O ex-coach havia perguntado sobre as vezes em que o candidato do PSOL foi preso ou conduzido à delegacia. Em seguida, Boulos acusou Nunes de bloquear a liberação de um terreno para a construção de um centro oncológico em São Paulo por “briga política”. Nunes negou a acusação e afirmou que trata das necessidades da cidade de forma “republicana” com os ministros do governo federal, mencionando especificamente o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT). O prefeito destacou que não “mistura as coisas”. Marçal colou adesivo na boca após ser repreendido por chamar adversário de "Boules" Foto: Reprodução/RedeTV via YouTube Assim como em debates anteriores, Nunes questionou Boulos sobre um projeto de seu partido que propõe anistia para acusados e condenados por transportar ou portar até 40g de maconha. O deputado federal respondeu que defende a diferenciação de usuários de traficantes. Boulos também atacou Nunes, relembrando que, no último debate, o prefeito tentou associá-lo ao uso de drogas, assim como Marçal fez em outras ocasiões. “Você recebeu o apoio do Bolsonaro e usa o mesmo método de mentira dele”, afirmou Boulos ao emedebista. Datena também criticou o prefeito, especificamente o programa de tarifa zero aos domingos instituído pela atual gestão. Segundo ele, o volume de ônibus nas periferias não é suficiente para que a população usufrua do benefício. O apresentador propôs que beneficiários do Bolsa Família não paguem passagem durante todos os dias da semana. Em resposta, Nunes apresentou a proposta de dar gratuidade para mães com filhos matriculados nas creches municipais. Tabata diz que vai processar Marina após pergunta sobre viagens e namorado Marina questionou Tabatasobre supostas viagens de jatinhos particulares que a deputada federal teria realizado para visitar João Campos e indagou “quem pagou” essa conta. A candidata do PSB retrucou, em seguida, que nunca fez viagens com aviões de luxo para visitar o companheiro. Depois, mudou o assunto e passou a discutir propostas para educação. “Marina, me perdoe, mas isso é um delírio”, disse. Elas também debateram propostas para a saúde mental. A candidata do Novo disse que em uma eventual gestão dela a Prefeitura vai custear consultas na rede particular para pacientes que buscarem atendimento psicológico na rede municipal e não forem atendidos em até 30 dias. Tabata, por sua vez, prometeu a presença de equipes de saúde mental em todas as unidades básicas de saúde, além da criação de uma rede de apoio específica para mães atípicas em São Paulo. Áudios ‘estarrecedores’ revelam insatisfação de juízes do Tocantins com propina em parcelas, diz PF Entenda o caso do B.O. da esposa de Ricardo Nunes por suposta violência doméstica Questionada sobre por que deveria receber o voto da esquerda, já que Boulos está à frente nas pesquisas, Tabata afirmou ser a única candidata que não perde para ninguém no segundo turno, citando dados da pesquisa Atlas. No entanto, no levantamento mais recente do instituto mencionado, ela aparece em empate técnico com Nunes, com 42% contra 40,4% do atual prefeito. A deputada também reforçou ser a única capaz de dialogar tanto com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) quanto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e afirmou que, se eleita, estará “menos nas redes sociais e mais nas ruas”. Marina diz para Datena desistir da candidatura Datena questionou Marina Helena se ela não estaria atacando as instituições ao participar da manifestação que pedia o impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes, no dia 7 de setembro. Ela respondeu que em qualquer outro lugar do mundo o tucano sairia algemado após tentar acertar Marçal com uma cadeira. “Eu te peço, Datena, para deixar esse pleito, porque você não tem controle emocional para usar a cadeira de prefeito da cidade de São Paulo”, declarou Marina. “Olha, cadeirada quem levou fui eu. Fui acusado de um crime, que eu nem passei perto de cometer. Agora, a cena que este covarde [Marçal] fez para se internar foi um circo, devia ter sido internado no oitava andar, que é a ala da psiquiatria.”, respondeu o candidato do PSDB. Tabata anunciou processo contra Marina Helena. Foto: Taba Benedicto/Estadao Foto: Taba Benedicto/Estadao Marina detalhou duas propostas de seu plano de governo. A primeira é a adoção de uma tarifa flexível no transporte público, com redução de preço fora dos horários de pico e manutenção da tarifa cheia nos momentos de maior demanda. Segundo ela, esse modelo já é adotado em outras cidades do mundo. A segunda proposta é voltada para o desenvolvimento das periferias e consiste na concessão de títulos de propriedade aos moradores dessas regiões da cidade. Marçal pede desculpas a Tabata por acusação sobre o pai; candidata não responde Marçal reconheceu que foi injusto com Tabata e passou dos limites ao afirmar que ela é culpada pelo suicídio do pai . Ele voltou fazer ilações sobre os adversários, dizendo, sem apresentar provas, que “alguns estão em situação de drogas”. A candidata não respondeu ao pedido e afirmou que o influenciador “mente e ataca” porque ganha dinheiro com isso. “Foi assim na Angola, foi assim no golpe que ele deu, é assim nos cortes, nos cursos que ele dá”, disse Tabata. Na abertura do debate, Datena disse que não estava feliz com o que ocorreu no domingo, quando deu uma cadeirada em Marçal, mas indicou estar disposto a manter o clima de enfrentamento caso seja necessário. “Desde criança meu pai me ensinou que eu tenho que honrar a mim mesmo e minha família até a morte. Eu estou disposto a fazer isso, mas estou disposto a conversar”, declarou. Nunes também subiu o tom contra Marçal e os dois foram advertidos após ignorarem pedidos para parar Foto: Taba Benedicto/Estadao Foto: Taba Benedicto/Estadao Datena pede democracia e civilidade em chegada ao debate Datena foi o primeiro candidato a chegar os estúdios da RedeTV! na manhã desta terça-feira, 17, para participar do primeiro debate após ele jogar uma cadeira em Pablo Marçal (PRTB) no último domingo . Apesar do incidente, todos os principais postulantes ao cargo confirmaram presença no evento previsto para começar às 10h20. “Espero que o clima seja de democracia e o povo de São Paulo possa escolher com tranquilidade o seu candidato. Eu espero que haja civilidade entre os candidatos e que nós possamos ter, pelo menos, enfim um debate. Até agora o que houve não foi debate”, disse. Ele não comentou diretamente o episódio com Marçal, mas disse ontem que repetiria o gesto diante das mesmas circunstâncias. A confusão ocorreu após o candidato do PRTB mencionar uma acusação, já arquivada, de assédio sexual contra o jornalista. Marçal não quis dar entrevista ao chegar no estúdio antes do debate, e disse que deve falar com a imprensa após o encontro já que chegou “em cima do horário”. O ex-coach chegou a discutir com um repórter do UOL, tentando desmentir o jornalista, afirmando que não havia dito que não falaria com a imprensa. Ele chegou a interromper a participação do repórter, que devolveu a imagem para o estúdio. Marina Helena (Novo) citou a ex-primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, ao falar sobre o papel das mulheres nestas eleições. Ela comentou a cadeirada de Datena em Marçal, chamando o episódio de “retrato do absurdo” do cenário político atual. O candidato do PSOL, Guilherme Boulos , também disse esperar que o debate ofereça soluções para a população de São Paulo. “Cair na provocação não resolve”, declarou o psolista ao falar dos ataques do ex-coach, a quem chamou de “provocador”, contra a família dos adversários. O candidato à reeleição Ricardo Nunes (MDB) pediu respeito aos eleitores da capital paulista para o evento desta terça. “Teve que chegar ao nível de parafusar cadeira no estúdio”, disse o emedebista. Para o prefeito, as provocações nos encontros anteriores têm esvaziado a discussão de propostas pelos postulantes, mas que a população tem percebido os ataques de alguns de seus adversários. Tabata Amaral (PSB) diz ter expectativas de que as pessoas entendam que agressões e violências nesses encontros não podem “virar meme”. “Essa agressividade e essa baixaria não é só do Marçal”, declarou a deputada federal ao dizer que Nunes e Boulos continuaram com a “baixaria” mesmo após o empresário ter deixado o estúdio depois de ser atingido por uma cadeira. A emissora, que realiza o debate em parceria com o portal UOL, parafusou as cadeiras no chão para evitar que a cadeirada se repita . O apresentador e o influenciador ficarão mais distantes do que no último domingo. A ordem dos púlpitos é Boulos, Datena, Nunes, Tabata, Marina e Marçal. Quem descumprir as regras pode ser advertido pela mediadora, suspenso do bloco em caso de reincidência e expulsos caso insistam no desrespeito aos termos acordados.
- Corinthians define time titular para enfrentar o Fortaleza pela Sul-Americana
O Corinthians definiu a escalação titular para encarar o Fortaleza pela Sul-Americana, nesta terça-feira. A bola vai rolar às 21h30, na Arena Castelão, pelo duelo de ida das quartas de final do torneio continental . O técnico Ramón Díaz precisou mexer no 11 inicial em relação à derrota para o Botafogo e optou por poupar alguns titulares. Sendo assim, o Timão vai a campo com: Hugo Souza; Fagner, Félix Torres, Cacá e Hugo; Ryan, Breno Bidon, Charles e Igor Coronado; Talles Magno e Yuri Alberto . O treinador argentino contará com as seguintes opções entre os suplentes: Matheus Donelli, Matheuzinho, Caetano, André Ramalho, Rodrigo Garro, Romero, Gustavo Henrique, Pedro Henrique, Govane, Pedro Raul, André Carrillo e José Martínez . O Fortaleza, comandado por Juan Pablo Vojvoda, também confirmou a escalação: João Ricardo; Kuscevic, Tinga e Titi; Yago Pikachu, Lucas Sasha, Hércules, Pochettino e Felipe Jonatan; Breno Lopes e Lucero. A equipe alvinegra ganhou os desfalques de Matheus Bidu e Raniele, por conta de um desconforto no músculo posterior da coxa direita e desconforto no adutor direito, respectivamente . A dupla se junta a Alex Santana, Maycon, Diego Palacios e Ruan Oliveira no departamento médico. Héctor Hernández, por sua vez, não foi inscrito na competição devido ao limite de trocas. Já Memphis Depay permaneceu em São Paulo para recondicionamento físico. O clube alvinegro tenta largar na frente na eliminatória e trazer vantagem para o jogo de volta, com mando do Corinthians. Após o primeiro encontro, as equipes voltarão a se enfrentar em busca de vaga nas semifinais na próxima terça-feira, na Neo Química Arena, também às 21h30.
- Datena reafirma que não se arrepende; Marçal reduz cadeirada a 'um esbarrão'.
Apresentador atingiu Marçal com uma cadeira após ser ofendido e foi expulso do debate da TV Cultura neste domingo (15). Candidato tucano se manifestou por meio de nota. Já o coach fez uma live antes de deixar hospital. Ele recebeu alta na manhã desta segunda (16). Eleições: Datena agride Marçal com cadeira durante debate em TV Os candidatos à Prefeitura de São Paulo José Luiz Datena (PSDB) e Pablo Marçal (PRTB) se manifestaram nesta segunda-feira (16) a respeito da agressão ocorrida durante o debate da TV Cultura, na noite deste domingo (15). Na ocasião, Datena atingiu Marçal com uma cadeira após ser ofendido pelo adversário. Em nota, Datena admitiu o erro, mas alegou que não se arrepende do que fez . "Pablo Marçal demonstrou, em todas as situações a que teve oportunidade, sua falta de caráter. Demonstrou, ainda, que é uma ameaça à cidade de São Paulo. Será detido no voto. Mas, a despeito disso, precisava também ser contido com atos. Foi o que eu fiz." Já Marçal, em live feita no Hospital Sírio-Libanês, onde ficou internado, afirmou que o ocorrido "foi só um esbarrão", mas irá ao IML . "Uma cena deprimente. Vou sair daqui e vou fazer o corpo delito no IML. Não tem como, não faz sentido o cara fazer um negócio desse. Não faz sentido. Então assim, foi um esbarrão, tá tudo certo, todo mundo aqui sabe, um comedor de açúcar daquele tamanho, ele é mais lento que um bicho preguiça, mas eu fui uma oferta ali, só pro povo sentir o que que é uma pessoa que não tem medo, o que que é alguém levar pelo povo." Ele deixou o hospital no final da manhã. Em boletim médico, o Hospital Sírio-Libanês disse que o candidato teve traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações associadas. Depois, na porta do hospital, voltou a comentar sobre o ocorrido e afirmou que pedirá a cassação do registro de Datena. O candidato do PRTB, Pablo Marçal, no Hospital Sírio Libanês, no Centro de SP, após tomar cadeirada de Datena em debate da TV Cultura — Foto: Reprodução/Instagram
- Quais as possíveis consequências legais para Datena após a cadeirada em Marçal?
Especialistas ouvidos pelo g1 apontam que a legislação eleitoral não tem previsão de punição em casos de agressão física, mas andamento do caso dependerá da interpretação do Ministério Público Eleitoral; entenda. Datena agride Pablo Marçal em debate em SP — Foto: TV Cultura/Reprodução Datena agride Pablo Marçal em debate em SP — Foto: TV Cultura/Reprodução José Luiz Datena (PSDB) agrediu Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeirada durante debate com os candidatos à Prefeitura de São Paulo neste domingo (15), que era transmitido ao vivo pela TV Cultura. Após o episódio, Marçal foi internado no Hospital Sírio-Libanês e recebeu alta na manhã desta segunda-feira (16). Em coletiva na saída do hospital, ele disse que a agressão "foi só um esbarrão" , classificou o episódio como deprimente e afirmou que pedirá a cassação do registro de Datena. O advogado de Pablo Marçal registrou um boletim de ocorrência por lesão corporal e injúria contra Datena. A Secretaria da Segurança Pública confirmou que o caso foi registrado no 78° DP (Jardins). O g1 conversou com especialistas para entender o que pode acontecer com o candidato tucano nos âmbitos eleitoral e criminal após a agressão. Âmbito eleitoral Sob o ponto de vista da Justiça Eleitoral, os especialistas foram unânimes: é pouquíssimo provável que Datena tenha a candidatura afetada ou cassada, por exemplo. "A agressão física ou verbal, embora seja moralmente condenável, não é causa legalmente prevista para que o registro da candidatura de alguém seja cassado. Portanto, Datena, se quiser, poderá continuar a concorrer pelo cargo de prefeito", afirmou Maira Scavuzzi , Advogada especialista em direito penal e constitucional Professor de Direito Eleitoral na Escola Paulista de Direito, Alberto Rollo aponta no mesmo sentido: "Não tem nada para fazer. A lei eleitoral disciplina a organização de debate, quais são as regras, quem é obrigado a convidar ou não convidar. O resto, o comportamento, é fixado pelas empresas promotoras e as assessorias. A Justiça Eleitoral não tem nada a ver com isso". "O que tem nessas circunstâncias é uma agressão, ou tentativa de agressão. Portanto, é lesão corporal, é crime. Isso não influencia em nada na eleição, em nada no processo eleitoral", completa o advogado. "Já vi notícia que o Marçal diz que vai pedir a cassação do registro do Datena. Não tem fundamento. Isso é mais um dos recortes que ele quer fazer na internet, mas não tem fundamento", afirma Rollo. Bruno Andrade , coordenador-geral adjunto da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, também diz que a agressão não coloca a candidatura de Datena diretamente em risco. "Cabe aguardar se haverá propositura de alguma ação para avaliar o contexto, avaliar se cabe ou não alguma punição no âmbito eleitoral". Apesar disso, segundo o jurista, a legislação traz uma previsão em relação a agressões no âmbito de campanhas eleitorais. No entanto, a possibilidade de isso afetar o tucano depende da interpretação do Ministério Público Eleitoral. Trata-se do artigo 326, parágrafo segundo, do Código Eleitoral, que diz: " Injuriar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando a fins de propaganda, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro. Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou meio empregado, se considerem aviltantes: pena - detenção de três meses a um ano e pagamento de 5 a 20 dias-multa, além das penas correspondentes à violência prevista no Código Penal ". "É difícil, mas poderia ser considerado que foi cometido o crime eleitoral de injúria com violência, que chegou às vias de fato", aponta Andrade. Polícia abre investigação contra Datena por lesão e injúria a Marçal; apresentador diz que irá registrar queixa-crime contra ex-coach Datena diz não se arrepender de agressão; Marçal afirma que cadeirada 'foi só um esbarrão' Além da cadeirada: debate da TV Cultura foi marcado por acusações e brigas também entre outros candidatos à Prefeitura de SP Para Alberto Rollo, a previsão legal não se aplica ao caso de Datena porque sua intenção inicial não foi de cometer um ato de injúria: "O Código Eleitoral fala sobre praticar a injúria e usar de violência. Não foi o Datena quem praticou a injúria. Ele praticou violência, mas não foi ele quem praticou a injúria. A injúria seria o contrário: o Marçal falou que ele praticou assédio sexual, esse tipo de coisa. E ele, para reagir, usou a violência". No entanto, segundo o professor, as ofensas classificadas como calúnia, injúria e difamação podem ser apuradas como crimes eleitorais e implicar em sanções mais gravosas às candidaturas, já há previsão em relação a elas no Código Eleitoral. Vânia Aieta , coordenadora-geral da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político afirma que não existe implicação eleitoral em casos de agressão. "Creio que os debates têm regras muito boas e amarradas. Trata-se de uma extraordinariedade. Pode acontecer em qualquer lugar, em qualquer situação. E não tem como evitar". "O que o lesado pode fazer é ingressar com as ações cabíveis, mas nada que comprometa o Datena de continuar a concorrer”, disse a especialista. “As medidas que são tomadas ordinariamente pelas Coordenações dos Debates são suficientes e já fazem previsão de agressões, que de um modo geral espera-se que sejam tão somente verbais. Uma agressão física não chega a ser causa de impugnação do agressor. Não se trata propriamente de um crime eleitoral. O caso é extraordinário e acabou na esfera pessoal”, completou. Diante do histórico de ânimos exaltados e da recente agressão, Bruno Andrade sugere que medidas de proteção podem ser adotadas nos próximos debates: "Seja colocando cenários que impeçam a movimentação direta dos candidatos, seja mudando o modelo para entrevistas". Âmbito criminal Em relação ao aspecto criminal da agressão, os juristas também concordaram entre si ao dizer que Datena pode sofrer sanções penais em um contexto de lesão corporal dolosa contra Marçal. "O episódio ocorrido no debate, em tese, configura o crime de lesão corporal dolosa. Se for considerada lesão corporal de natureza leve, a vítima poderá optar se vai representar contra o ofensor. Somente após essa representação o Ministério Público irá agir contra o agressor. Se a lesão for considerada grave, o Ministério Público irá processar o agressor independentemente de representação da vítima", destacou Rodrigo Dall'Acqua , advogado criminalista, sócio do Oliveira Lima e Dall’Acqua Advogados e membro do Instituto de Defesa do Direito de Defesa. "Uma das formas de lesão de natureza grave é aquela que causa a incapacidade da vítima para suas ocupações habituais por mais de trinta dias", que, além do trabalho, podem ser consideradas atividades esportivas e de lazer, explica o advogado. Dall'Acqua chamou a atenção para o fato de que as provocações de Marçal durante o debate podem beneficiar Datena, em caso de condenação: "A lei penal garante redução de pena para o agressor que age sob o domínio de violenta emoção, logo após injusta provocação da vítima". A advogada Maira Scavuzzi explica as diferenças entre as penas para os tipos de lesão: "A lesão corporal simples , cuja pena é de detenção de três meses a um ano , trata-se de uma infração de menor potencial ofensivo, que admite, inclusive, transação penal para evitar que sequer seja instaurado processo contra o agressor, aplicando-se sanção de multa ou restrição de direitos, a 'famosa cesta básica'", apontou. "Contudo, se em razão da violência a vítima sofrer resultados de gravidade superior — por exemplo, correr perigo de vida ou perder a função de um membro — a pena será de reclusão de um a cinco anos ou de dois a oito anos ", completou. Raphael de Matos Cardoso, especialista em Direito Eleitoral e sócio do Marzagão e Balaró Advogados, pensa que a agressão não pode configurar, em tese, crime eleitoral, mas crime comum: "Para configurar o crime eleitoral teria que ter sido praticado na propaganda eleitoral ou visando a fins de propaganda". Xingamentos, gritos e Nunes apartando: vídeo mostra confusão após Datena agredir Pablo Marçal com cadeira durante debate em SP Agressão aconteceu durante o debate da TV Cultura, na noite deste domingo (15). Datena foi expulso do encontro, enquanto Marçal foi levado para o hospital. 1 min Eleições 2024 em São Paulo Marçal teve 'traumatismo na região do tórax à direita e em punho direito, sem maiores complicações', diz boletim médico Candidato do PRTB foi internado na noite de domingo (15) após ser atingido por Datena com uma cadeira durante debate da TV Cultura. Ele estava no Hospital Sírio-Libanês e recebeu alta na manhã desta segunda (16). 3 min Eleições 2024 em São Paulo Datena diz que recebeu mensagem de Marçal pedindo desculpas antes de episódio da cadeirada; VEJA PRINT Mensagens teriam sido enviadas pelo candidato do PRTB dois dias antes do debate em que recebeu uma cadeirada de Datena. A assessoria de Marçal foi procurada e não se manifestou sobre as mensagens. 2 min
- Empate deixa Grêmio em posição delicada.
Tricolor ficou no 2 a 2 com o Bragantino na tarde deste domingo Por Mauricio Saraiva — Bragança Paulista Sendo o Flamengo o próximo adversário, empatar fora de casa com o Bragantino não foi bom para o Grêmio. Ruim seria perder, mas empatar restou sendo só normal. Bragantino 2 x 2 Grêmio | Melhores momentos | 26ª rodada | Brasileirão 2024 No combo que começasse na derrota para o Atlético MG na Arena, o Grêmio teria agora ponto em quatro e nenhuma certeza de que vencer o Flamengo na Arena será possível. enato deveria ter ido a São Paulo. Atacando, o Grêmio teve bons momentos de envolvimento e aproximação. Defendendo, foi espaçado e marcou com os olhos. Nem bom, nem mau. Normal. No conjunto do que já foi e do que ainda pode ser no jogo que vem, a angústia gremista continua.